quarta-feira, outubro 16, 2013

Carta Aberta: Acerca das negociações de mestres e aprendizes da ELT com a diretoria de cultura da Prefeitura de Santo André

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A SAGA DA CORUJA
(peça em alguns atos)

CARTA ABERTA
Acerca das negociações de mestres e aprendizes da ELT com a diretoria de cultura da Prefeitura de Santo André

Santo André, quatorze de outubro de 2013, segunda-feira. 10h30 da manhã. Na sala aberta da Escola Livre de Teatro, encontraram-se reunidos os aprendizes Vinicius Vilas Boas, Daniela Solano e Adriano Milan, o mestre e coordenador da escola Thiago Antunes, juntamente com Silvia Costa, diretora de Cultura e um advogado da prefeitura da cidade. A reunião configurou-se como espaço de negociações sobre o destino das atividades da ELT, bem como a situação estrutural de seu prédio.
A diretora de cultura Silvia Costa reafirmou que o Teatro Conchita de Morais terá que ser interditado. Sem fornecer datas precisas, disse que isto ocorreria muito em breve. Descartou a possibilidade de transferência da escola para qualquer outro espaço que esteja sendo utilizado por outras atividades paralelas, para que não haja problemas com agendamento e ocupação de salas. Desta forma, desconsiderou a oferta inicialmente feita pelo secretário de governo Tiago Nogueira, acerca do Centro de Formação de Professores, sediado na Rua Tirol. Silvia Costa ofereceu como alternativa o espaço da Escola Livre de Cinema (que deverá ser transferida para o Paço Municipal) na Chácara Pignatari para abrigar as atividades da ELT.
A comunidade ELT questionou a possibilidade da transferência para a Chácara Pignatari atender as demandas reais da escola, pelo fato do prédio oferecido ser muito menor que atualmente abriga a escola, inclusive por não possuir um teatro. A possibilidade de transferência antes do final do ano também foi apontada como um grande problema, por conta dos prejuízos ao processo pedagógico e às apresentações programadas. Uma vez que o prédio oferecido não possui condições de sediar todas as atividades da ELT, a Comunidade reforçou seu interesse em permanecer, se não totalmente, pelo menos em parte do prédio. Propôs desta forma, que se realizasse um estudo conjunto sobre a possibilidade de interdições parciais e medidas paliativas.
A diretora de cultura apresentou a possibilidade da arquiteta Fátima Regina Tavella, do setor técnico da secretaria, participar das próximas reuniões para este planejamento. Ficou acordado que a diretora de cultura negociaria a permanência da ELT em sua sede, pelo menos, até o final deste ano.
Outra questão importante discutida foi acerca do orçamento para reforma da escola. A diretoria de cultura também forneceu a informação de que não há orçamento previsto de reforma para a ELT no próximo ano, e que o projeto da arquiteta Denise Brasil não será realizado. Apenas medidas paliativas poderão ser feitas, com uma verba destinada par manutenção e adequação dos teatros da cidade.
Na discussão sobre os contratos dos mestres, outro assunto abordado, alegou-se, por parte da diretoria, que os próximos pagamentos deveriam estar vinculados à apresentação de um detalhado relatório, no qual deveriam constar os conteúdos trabalhados por cada mestre durante o mês, aula a aula. O coordenador Thiago Antunes questionou o valor jurídico desta cobrança, uma vez que o contrato não prevê tal medida. A justificativa dada foi a de que o contrato “no todo”, e não em alguma parte específica, solicita uma comprovação do serviço realizado de forma “quantitativa e qualitativa”. O que o coordenador negociou com ela, seria a possibilidade de o relatório conter apenas informações gerais sobre o conteúdo durante o mês, e que o vocabulário utilizado será aquele corrente na pedagogia da escola e de seus mestres. A diretora de cultura comprometeu-se em enviar um ofício à escola e à cooperativa com o modelo que julga correto. O advogado da cooperativa dará um parecer sobre esta solicitação.
Por fim, houve ainda compromisso e garantia de algumas ações por parte da diretoria para que as negociações avancem. Foi garantido que haveria uma reunião com funcionários da ELT, esclarecendo a nova interlocução com a diretoria. Foi garantida que haverá licitação para 2014 e que esta licitação levaria em consideração sugestões dos mestres da escola.  Comprometeu-se também de apoiar na produção de material de divulgação das estreias supramencionadas.
Em prontidão, os mestres e aprendizes da ELT, continuam as negociações, esperando que os compromissos e garantias firmadas com a diretoria de cultura da prefeitura de Santo André, tenham êxito.

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