segunda-feira, agosto 16, 2010

OBSERVANDO O SOLO EM QUE PISA


OBSERVANDO O SOLO EM QUE PISA

Hoje eu paro ali no canto esquerdo da imensidão da caixa preta e algo acontece, meus pés balançam, o desequilíbrio chega, o desequilíbrio passa, o corpo responde me movendo para o lado contrário.

Hoje ali no lado contrário mais uma vez início a criação, escuto barulhos inesperados, meus ouvidos se abrem para entender, quem vem aí? Quem esta aí?

A minha atenção se amplia e não identifica, mais suspeita.

Como meu corpo responde?

E lá vou eu, me movo para o centro, estou no meio, estou no meio de tudo isso, rapidamente sinto uma dor no calcanhar direito, algo espeta e chegou a hora de entender que hoje este não é o melhor lugar. Forças muito concretas agem por aqui.

É uma brincadeira?

Decido então descer dali, por enquanto!

Hoje tenho outras sensações dentro do jogo que a caixa preta traz, despindo suas fragilidades de frente aos meus olhos, movendo meus pés e ouvidos para outros lugares, outros lugares aqui, ela talvez esteja um pouco doente e machucada, talvez eu tenha ficado um pouco dolorida e machucada.

Este.

Este é.

Este é o espaço.

Este é o espaço hoje.

Corpos em movimento por todos os lugares.

E quando ela melhorar?

E quando essa brincadeira acabar?

Aqui...

Aqui já vai ser outro lugar.

Gislaine Nascimento

Aprendiz- Formação 12

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